Eu vivi a minha vida ou ela foi um sonho?
Certa vez ouvi uma estória antiga, que era mais ou menos assim. Era uma vez um rei que teve o seguinte sonho: estava faminto na floresta e com grande dificuldade conseguiu um pouco de lentilhas. com maior dificuldade ainda, fez o fogo e coseu-as. Quando ia comê-las, passou um búfalo e derrubou as lentilhas que se misturaram com a poeira do chão. Ele acordou aos prantos em lençois de seda e pensou: sou um mendigo faminto que pensa ser um rei, ou um rei que pensa ser um mendigo? Procurou todos os sábios de seu reino para saber a resposta a sua pergunta, mas nenhuma o satisfez. Finalmente apareceu um jovem aleijado, dizendo ser um sábio, que lhe disse: você não é nem o mendigo, nem o rei. Você é esse ser interior que habita esse corpo.
Concordo com essa estória. Tem o mesmo significado das célebres palavras de Sócrates:
"Conheça-te a ti mesmo".
O budista diz que somos vítimas do "desejo de ignorar" e o psicanalista refere ao "desejo de não saber". Nos dois casos, acabamos produzindo nossa própria miséria. Quando posso tocar o meu ser interior, self, ou como você queira chamar isso, percebo que sou algo além das aparências e circunstâncias. Não sou nem dançarina, nem aleijada. Valorizo o fato de estar viva. O presente. A respiração. A realidade é melhor que o sonho. O dentro. No dentro, despreocupo-me das coisas superficiais. Procuro o desfrute. O agora, a vida. Quando posso estar mais conectado, consigo ver o outro, sem julgá-lo. Posso me aceitar. Todo dia preciso e quero tentar me conhecer um pouco mais. Essa é a missão a que vim cumprir nessa existência. Esse é o meu objetivo maior. Para isso preciso da ajuda de alguém que saiba como.. Um orientador, que me lembre constantemente, que eu confie e me sinta amada e grata. São sentimentos belos e preciosos que quero compartilhar com vocês.
Boa sorte. Encontrem o que procuram. É possível!
17 de abril de 2012
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