18 de abril de 2012

Avenida Paulista

Sábado, 9:30 da manhã. Caminho da Rua Pamplona à Casa das Rosas. Escrevivendo. Chuvisca.
Vejo o rapaz seminu, jeito feminino, sujo, alegremente vasculhando o lixo.
Ele não me vê.
Duas horas da tarde. Faço o caminho de volta. Observo o cenário: Fran´café, Boulevard Monti Mare, Secretaria de Saúde do Estado - Pausteur - 1930, Banco do Brasil.
Palavras de Paz na FIESP. Música e dança.
Guardas uniformizados passam... Varredores varrem... Pessoas caminham... Olham o espetáculo.
"E agora onde está ele? Que sol contemplou seus últimos sonhos? Que solo recebeu seus restos cosmopolitas? Que fossa abrigou sua agonia? Onde estão os perfumes embriagadores das flores mortas? Onde estão as cores feéricas dos antigos sóis adormecidos?"
Ninguém me ama, ninguém me quer, ninguém me chama de Baudelaire.
E se tiver ainda com vida?
Sente frio?
Sente fome? De que/
De amor, Consciência, AutoConhecimento.
Com certeza.

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